Alexandre Furcolin (1988), nascido em Campinas e radicado em São Paulo, formou-se inicialmente na Faculdade de Administração e Economia da USP, mas passou a desenvolver uma pesquisa artística a partir da fotografia nos últimos anos. Seu trabalho hoje parte frequentemente da imagem fotográfica, mas tomando a forma de livros de artista, vídeos, instalações e intervenções. Além disso, Furcolin também explora a linguagem do desenho expandido, em composições que misturam escritos, colagens, pequenos objetos.
Entre seus projetos de destaque estão os trabalhos desenvolvidos durante uma residência artística no Museu da Mutuca, em Altamira, Minas Gerais, em 2015. “Nove Horas”, por exemplo, é um relógio solar composto por uma palmeira Macaúba, folhas secas e cal, que marca o horário entre 08h e 17h. Outras obras mapearam os movimentos e ciclos da natureza, como “Estudos de órbitas” e “estudo para deslocamento”. Nessa pesquisa, ciências como cartografia e astrologia pautam interpretações poéticas desses movimentos naturais e das leis que regem o universo. Já em “Carne”, livro de 2016, Furcolin prioriza o papel do corpo no vocabulário das imagens que emprega na narrativa visual da sequência de planos, misturando paisagens, topografias corporais e a palavra.