Fotografia de Ojoz
O FotoRio 2025, um dos mais longevos e respeitados festivais de fotografia da América Latina, reafirma seu compromisso com a pluralidade de olhares e o intercâmbio global. Nesta edição, o público encontrará uma constelação de exposições inéditas reunindo artistas do Brasil, América Latina e Europa em diferentes espaços culturais da cidade: Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), Instituto Cervantes, Galeria da Aliança Francesa, Centro Carioca de Fotografia e Casa Proeza. O festival oferece uma oportunidade única de ver expoentes da fotografia contemporânea, nacionais e internacionais, explorando temas como identidade, ancestralidade, justiça social, meio ambiente e reinvenção dos corpos. Todas as atividades são gratuitas.
Com mais de duas décadas de existência e mais de 1.200 exposições realizadas, o FotoRio se consolida como plataforma de encontro entre artistas, curadores, pesquisadores e público.
O CCJF recebe, a partir de 9 de setembro, nove exposições que exploram múltiplos campos da fotografia, do documental ao performativo, do político ao poético. Entre elas estão as mostras que integram a Temporada França-Brasil, como “Mulheres: identidade e meio ambiente — Uma cartografia sensível”, com curadoria de Ioana Mello e Jean-Luc Monterosso, fundador e diretor da Maison Européenne de la Photographie, em Paris, e “Sóis Negros”, de artistas afro-guianenses, que também dialoga com a cultura francesa.
Ao mesmo tempo, o festival apresenta projetos de enorme relevância histórica e social, como “O Povo Leva! O Povo Leva! – O Funeral de JK”, com fotografia de Juvenal Pereira e curadoria de Milton Guran, que documenta momentos marcantes de comoção nacional do emblemático funeral de Juscelino Kubitschek, ocorrido há quase 50 anos; “10 Anos de Guerras sem Fim”, de Gabriel Chaim, com uma visão profunda sobre os conflitos em Gaza e outras regiões do Oriente Médio; e o projeto KHĪSÊTJÊ – TERRA É VIDA – HWYKHA RA ANHĪNTWA MBERI dos artistas indígenas Kamikia Khisêtjê, Renan Khisêtjê e Sâksô Khisêtjê, que denuncia os impactos do agronegócio sobre seus territórios.
Outras exposições ampliam ainda mais a diversidade do FotoRio 2025, incluindo “Vale Night”, de Aleta Valente, que convida mães a registrarem suas próprias experiências de liberdade; “Altinha”, de Tanara Stuermer, que ressignifica gestos do jogo popular na Praia do Leblon; “Como Olhar Junto”, de Luiza Baldan, que explora memórias e afetos em paisagens portuguesas; e “Nego Fugido – Memórias Quilombolas”, de Nicola Lo Calzo, um projeto documental sobre resistência negra na Bahia, que une história e poética visual.
Todos os artistas, nacionais e internacionais, estarão presentes na abertura, garantindo ao público uma experiência de diálogo direto com os criadores e curadores, fortalecendo o caráter único do FotoRio.
Milton Guran, fotógrafo, antropólogo e um dos coordenadores do festival, comenta:
“Nesta edição de 2025, o FotoRio lança um olhar atento sobre temas centrais da contemporaneidade: pertencimento identitário, memória social e política, diversidade cultural, conflitos civilizatórios, sororidade e, por fim, a tragédia — infelizmente recorrente — da guerra. Cada exposição nasce de uma ação fotográfica singular: da documentação de fatos noticiosos à fotografia como instrumento de resistência, passando pela experimentação no campo das artes visuais. Reunimos autoras e autores com trajetórias distintas, mas com excelência estética e conceitual.”
Além das exposições, o FotoRio 2025 oferece atividades paralelas que aprofundam o diálogo com o público e fortalecem a troca de conhecimentos entre artistas e pesquisadores. Entre elas estão a Rede de Fototecas (11/09), que discute a criação de fototecas estaduais; o relato da fotógrafa Luciana Whitaker sobre sua experiência no Alasca (17/09); e a conversa com Juvenal Pereira (22/10), que revisita a cobertura histórica do funeral de JK. Essas ações complementam a programação e ampliam a experiência de imersão na fotografia contemporânea.
O FotoRio 2025 tem o patrocínio do Itaú e da Helexia Brasil, com a realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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