Leonor Antunes, “Shed”, 2018 – Imagem / Divulgação
Em sua nova exposição na Luisa Strina, uma linha que fica entre, Leonor Antunes dá continuidade a sua pesquisa que estabelece diálogos entre escultura, arquitetura, design e práticas artísticas do século XX, com ênfase em artistas modernistas historicamente negligenciadas. A mostra terá abertura em 21 de agosto, quinta-feira, das 18h às 21h.
A mostra tem como referência a participação de Sophie Tauber-Arp na 1a Bienal de São Paulo, em 1951, quando a artista representou a Suíça postumamente, oito anos após seu falecimento. É a partir dessa aparição inaugural que Antunes
desenvolve uma série de trabalhos inéditos, em que as formas e as tonalidades daquela que foi uma importante representante da abstração geométrica europeia são articuladas em estruturas que se espalham em diferentes combinações pelo espaço, incluindo um tapete de linóleo estendido por todo o piso do salão principal da galeria.
A exposição também evoca a obra de Mira Schendel, artista que emigrou para o Brasil no mesmo período e cuja contribuição à arte concreta e conceitual brasileira é resgatada sob uma lente de afinidade formal e poética. Segundo a historiadora de arte, crítica e curadora britânica Briony Fer, autora do texto que acompanha a exposição: “O método aditivo de Antunes não reproduz narrativas históricas já existentes, mas explora possibilidades imaginárias e contrafactuais que muitas vezes se originam em seus silêncios e margens.”
A prática de Antunes é conhecida por traduzir gestos, padrões e estruturas de outras artistas em esculturas sutis organizadas em ambientes instalativos. A artista utiliza materiais como corda, couro, madeira e vidro, com atenção meticulosa ao tempo, à técnica e ao gesto que carrega a marca do artesanal. Cada trabalho é uma síntese entre precisão formal e delicadeza tátil, uma “escultura criada no espaço”, como ela própria define.
A exposição é a segunda individual na Luisa Strina da artista portuguesa radicada em Berlim e representa um desdobramento das investigações iniciadas no grande projeto da desigualdade constante dos dias de leonor*, concebido para a inauguração do novo edifício do Centro de Arte Moderna Gulbenkian, em Lisboa (2024–2025), e atualmente em cartaz no CRAC Occitanie, em Sète, França.
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