Gyula Kosice, “Satelite de luzl”, 1970. Cortesia do Malba – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires. Foto: Santiago Orti
Cem anos após seu nascimento, Gyula Kosice: Intergalactic celebra a trajetória do artista argentino Gyula Kosice (n. 1924, Košice, Tchecoslováquia; m. 2016, Buenos Aires, Argentina), artista experimental, escultor, poeta e teórico. Co-fundador dos grupos de arte construtiva Arturo (1944) e Madí (1946), com atuação concentrada na região do Rio da Prata entre Uruguai e Argentina, Kosice também foi uma figura de destaque na vanguarda internacional após 1945. Sua prática introduziu ideias artísticas originais, como esculturas interativas que questionavam a relação entre o objeto artístico e o espectador, além de experimentar com uma ampla variedade de materiais — muitos deles inéditos no campo das artes visuais.
Assim como Julio Le Parc e Carlos Cruz-Diez, Kosice incorporou luz e movimento em sua produção, mas foi um dos primeiros a utilizar água como elemento artístico. A exposição Intergalactic foca justamente em sua vertente experimental, na qual o movimento é constante e essencial. São apresentados trabalhos realizados entre 1950 e 1980, como esculturas em acrílico, relevos cinéticos e gotas d’água, muitos deles ativados por luzes, aeradores e motores.
O destaque da mostra é a obra mais ambiciosa de Kosice: A Cidade Hidroespacial (The Hydrospatial City, 1946–2004), uma instalação imersiva composta por protótipos arquitetônicos que especulam sobre a possibilidade de uma colonização humana além da Terra, motivada por desigualdade socioeconômica, degradação ambiental e crescimento populacional acelerado. Como alternativa, o artista propôs uma cidade formada por habitats modulares semiabertos, suspensos a 1.500 metros do solo e alimentados por oxigênio e hidrogênio extraídos do vapor d’água presente nas nuvens.
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