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“Énormément bizarre” no Centre Pompidou

26 março -11:00 até 30 junho -21:00

Lucile Littot, “Sur un air de Wagner – Le Favorite – Jumelle blonde No1”, 2018. © direitos reservados. Créditos da foto: Centre Pompidou, MNAM-CCI / Philippe Migeat / Dist. GrandPalaisRmn

Por ocasião da doação da coleção Jean Chatelus ao Centre Pompidou pela Fondation Antoine de Galbert, o Musée national d’art moderne apresenta este conjunto excepcional de obras reunidas ao longo de toda uma vida com paixão e curiosidade. Composta por cerca de quatrocentas peças — esculturas, instalações, pinturas, fotografias, desenhos, objetos votivos e vernaculares — que refletem estéticas e vozes diversas, a exposição enfatiza temas como a poética da ruína, a decomposição orgânica, o interdito e o espectro apocalíptico, revelando as obsessões do colecionador.

A apresentação de parte da coleção no Musée d’Art Moderne de Paris durante a exposição Passions Privées e, posteriormente, na mostra L’intime, le collectionneur derrière la porte, que inaugurou a Maison Rouge em 2004, já havia oferecido um vislumbre da amplitude desse acervo, então exposto em seus apartamentos de forma densa, heterogênea e anti-retórica.

Como forma de homenagear essa visão incomum e revelar a singularidade desse gabinete de curiosidades do século XX, a exposição Énormément bizarre propõe apresentar quase a totalidade da doação por meio de uma abordagem anacrônica, privilegiando associações livres. Alguns espaços de sua residência são reconstruídos fielmente para permitir ao público mergulhar em seu universo, enquanto outros são recriados em chave mais museológica, ainda que respeitando sua visão particular. A doação, notável por sua dimensão, valor histórico e estranheza, empresta seu título à expressão usada por Wim Delvoye — um dos artistas mais presentes na coleção — ao comentar sua passagem pela casa do colecionador.

Falecido em 6 de julho de 2021, aos 82 anos, Jean Chatelus — de origem lionesa, agrégé em História e professor da Sorbonne — reuniu ao longo da vida uma coleção única, livre de convenções e avessa ao gosto dominante. Dizia-se mais “acumulador” do que colecionador. Em seu lar, obras de Cindy Sherman, Mike Kelley, Christian Boltanski, Yayoi Kusama, Michel Journiac, Daniel Spoerri, Robert Filliou, Nam June Paik, Joana Vasconcelos e Andres Serrano passaram a conviver com peças de arte extra-ocidental e objetos oriundos de tradições populares. As obras surrealistas que marcaram o início da coleção deixaram-lhe o gosto pelo objeto desviado, logo substituídas por criações da arte corporal, um dos movimentos mais representados no acervo. Além do corpo, os temas da morte e da efemeridade da vida impregnam muitas das obras reunidas. Seu olhar aguçado e extrema liberdade o levaram a se cercar de trabalhos de artistas outsider e de “crianças terríveis”. Paralelamente, cultivou profundo interesse por objetos etnográficos de diversas culturas, especialmente da África subsaariana e do Golfo da Guiné, demonstrando viva curiosidade por artefatos ligados a múltiplas crenças.

A exposição, concebida pela Fondation Antoine de Galbert, Annalisa Rimmaudo e Xavier Rey, é acompanhada de um documentário dirigido por Alyssa Verbizh e de um catálogo coeditado pela Empire e pela fundação.

Detalhes

Início:
26 março -11:00
Final:
30 junho -21:00
Categoria de Evento:
Evento Tags:
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Website:
https://www.centrepompidou.fr/en/

Local

Centre Pompidou
Place Georges-Pompidou
Paris, França
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