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“Fixos, Fluxos e Orikis” de Roney George na Carmo Johnson Projects

24 maio -12:00 até 28 junho -17:00

Roney George, “Fixos, Fluxos e Orikis”, 2025. Foto: Samuel Esteves

É com muito entusiasmo que a Galeria Carmo Johnson Projects apresenta a primeira exposição individual do artista Roney George, “Fixos, Fluxos e Orikis”, com curadoria de Danillo Barata, a abertura será no dia 24/05, sábado, no espaço localizado no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo.

Com trabalhos recentemente produzidos, alguns feitos especialmente para a mostra, a exposição tem a curadoria de Danillo Barata, artista, pesquisador e professor reconhecido por sua atuação nas áreas das artes, mídias e culturas digitais, com uma abordagem interdisciplinar que explora as intersecções entre corpo, imagem e tecnologia. Barata traz um olhar sensível e aprofundado, fruto de uma relação construída ao longo de anos de proximidade e colaboração com Roney. Esse vínculo, aliado ao conhecimento sobre a trajetória de mais de 40 anos do artista, contribui para uma leitura expandida da mostra, ressaltando as camadas simbólicas que atravessam sua produção.

Em seu texto curatorial, Danillo Barata, menciona que: “A exposição propõe uma reflexão sobre a transformação contínua das tradições e identidades afro-brasileiras, explorando as permanências simbólicas e as dinâmicas dos deslocamentos culturais. Aqui, a arte não se restringe à materialidade dos objetos, mas se expande como território vivo, onde tradição e contemporaneidade se entrelaçam, em um gesto que reafirma a potência criadora dos fluxos da ancestralidade. (…)

Ao longo de sua trajetória de 40 anos, Roney George incorpora essa essência ao reafirmar a potência estética e política de suas referências, enquanto explora novas gramáticas visuais que transformam a arte em um campo de resistência e autoexpressão. Sua obra se insere em um território dinâmico, onde a interação entre fixos — as permanências simbólicas da tradição afro-indígena e sertaneja — e fluxos — as trocas culturais, deslocamentos e reinterpretações contemporâneas — conforma um campo de ressignificação contínua. Em diálogo com o pensamento de Milton Santos, a geografia da sua arte não se limita à paisagem física, mas manifesta-se nos modos de existência e resistência cultural que atravessam o espaço, reafirmando a arte como instrumento de mediação entre diferentes tempos e territórios.”

O curador também enfatiza os elementos primordiais para a composição das obras de Roney George: “Em suas pinturas, os signos do sertão — o couro, a terra, as texturas ásperas e os tons quentes — dialogam com elementos da diáspora africana, estabelecendo nexos entre os caminhos da migração, os espaços urbanos e as permanências culturais. Assim, sua trajetória se insere em um circuito de deslocamentos e reconfigurações, onde o sertão e a cidade, o passado e o presente, a tradição e a contemporaneidade se encontram em um permanente processo de transformação, reafirmando a arte como um campo de mediação entre territórios e temporalidades.”

Natural de Itapetinga, no sudoeste da Bahia, Roney George carrega em sua poética artística as marcas do sertão, incorporando em suas obras a simbologia dos caboclos de couro, figuras emblemáticas da cultura sertaneja e afro-indígena. O artista graduou-se pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia UFBA . Ao se deslocar para Salvador, Roney George ampliou seu repertório visual e conceitual, vivenciando a complexidade das interações entre sertão e cidade, articuladas por processos históricos que moldam o Recôncavo baiano e suas extensões culturais.

Suas obras se desdobram como processos contínuos, nos quais a dimensão ambiental, a participação do público e a história afro-atlântica se tornam partes intrínsecas de sua construção. Inspirado por paradigmas que valorizam o fazer artístico como experiência total, o artista traduz em suas pinturas uma complexa trama de resistência, memória e ancestralidade que conforma a diáspora africana, conectando o passado às urgências do presente.

Nas palavras do curador: “As obras, ao mesmo tempo em que trazem beleza e complexidade, convidam à reflexão como um oriki visual. Nele, a poética de Roney George reverbera as energias de Oxóssi e Obaluaiê, orixás que simbolizam a sabedoria, a cura e a resiliência. Assim como Oxóssi, o caçador dos caminhos e das florestas, Roney explora as trilhas da ancestralidade afro-brasileira e utiliza elementos simbólicos e geométricos para capturar e preservar memórias culturais. A presença de Obaluaiê se manifesta nas camadas profundas de suas pinturas, evocando processos de cura e transformação. Cada obra se configura como um território sagrado, um assentamento espiritual e estético.”

Em “Fixos, Fluxos e Orikis”, propomos um evento vivo, onde tradição e contemporaneidade dialogam continuamente, promovendo reflexões sobre pertencimento, memória e a continuidade dos saberes afro-diaspóricos.

Detalhes

Início:
24 maio -12:00
Final:
28 junho -17:00
Categoria de Evento:
Website:
https://www.carmojohnsonprojects.com/

Local

Carmo Johnson Projects
Rua Anunze, 249 - Boaçava / Alto de Pinheiros
São Paulo, SP Brasil
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