“Abraço Coletivo” no Canteiro

Lygia Pape, “Divisor”, 1968. Releitura feita em 1990 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Superando todas as expectativas, a terceira edição do Abraço Coletivo recebeu a inscrição de mais de 400 artistas, todos automaticamente aprovados para expor seus trabalhos no Canteiro, espaço independente de arte na Vila Madalena, em São Paulo.

Idealizado pela curadora Paula Borghi, o projeto reafi rma a potência da arte feita de forma horizontal, coletiva e autônoma. Sem seleção por curadoria ou tema, o Abraço Coletivo parte do princípio de que toda produção artística merece espaço e visibilidade. A diversidade de linguagens, trajetórias e poéticas ocupa o Canteiro com abertura ofi cial no dia 26 de abril, das 14h às 20h, incluindo um programa especial de projeções em vídeo.

Embora nasça do desejo de se organizar de forma horizontal e independente, distante da lógica da arte como mercadoria, o Abraço Coletivo também disponibiliza todas as obras para venda. Entendendo essa possibilidade como mais uma forma de produzir arte de maneira autônoma, ativar a economia criativa e destinar o valor arrecadado diretamente a todes que contribuíram para a realização da mostra sem garantias prévias de remuneração, as obras estarão disponíveis com valores entre R$100 e R$10.000.

Comprar uma obra no Abraço Coletivo é um gesto de apoio à construção de redes colaborativas no fazer artístico. É manter vivo o desejo de seguir criando junto, sem hierarquias.