A Gagosian apresenta a exposição Willem de Kooning: Endless Painting, com abertura marcada para 15 de abril no espaço recém-renovado da galeria em Chelsea, na 555 West 24th Street. Organizada com o apoio da Willem de Kooning Foundation e curadoria de Cecilia Alemani — diretora e curadora-chefe da High Line Art —, a mostra reúne pinturas realizadas entre 1944 e 1986, além de duas esculturas: Clamdigger (1972) e a monumental Standing Figure (1969–84). Esta é a primeira apresentação na nova sede da galeria após a importante mostra Willem de Kooning and Italy, realizada no verão passado nas Gallerie dell’Accademia, em Veneza.
Figura central do pós-guerra, de Kooning explorou intensamente o potencial expressivo da cor, do traço e do espaço, desafiando constantemente os limites entre a figuração e a abstração. Por meio da justaposição entre pinturas tardias — como Untitled V (1982), emprestada pelo MoMA de Nova York, e Untitled XIX (1984) — e obras das décadas anteriores, a exposição destaca os motivos visuais que permearam toda a trajetória do artista. Essa abordagem reflete a investigação minuciosa conduzida por Alemani sobre os trabalhos dos anos 1980, nos quais identificou um repertório ampliado de formas humanas — cotovelos, joelhos, bocas, olhos — que já apareciam em obras dos anos 1930 e 1940 influenciadas pelo cubismo e pelo surrealismo.
Em Montauk II (1969), formas biomórficas em tons de carne oscilam entre figura e abstração, enquanto em Whose Name Was Writ in Water (1975), emprestada pelo Solomon R. Guggenheim Museum, contornos e membros emergem das pinceladas escorregadias. A obra mais recente da mostra, Untitled XIV (1986), apresenta braços ondulantes que se estendem com energia sobre a tela — um gesto que ecoa os membros abertos de Standing Figure, escultura monumental em bronze exibida agora em ambiente interno pela primeira vez em quase trinta anos.