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“Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Vilma Eid – Em cada canto” no Instituto Tomie Ohtake

14 março -11:00 até 25 maio -19:00

Mirian Inêz da Silva Cerqueira, Sem título, s.d., Coleção Vilma Eid. Foto: João Liberato

O Instituto Tomie Ohtake apresenta Instituto Tomie Ohtake visita Coleção Vilma Eid – Em cada canto, exposição que se dedica a examinar o acervo da colecionadora e galerista Vilma Eid, que, nos últimos quarenta anos, forjou uma coleção singular, reunindo trabalhos de mais de 100 artistas entre os ditos populares, modernos e contemporâneos.

Com mais de 300 obras divididas em duas salas, a mostra tem curadoria de Ana Roman e Catalina Bergues e ficará em cartaz entre 14 de março e 25 de maio de 2025, paralelamente à exposição Patricia Leite – Olho d’água. Em cada canto é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Instituto Tomie Ohtake, via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Stellantis, sob a chancela Apresenta; do Itaú Unibanco, sob a chancela Platina; do BMA Advogados, sob a chancela Bronze; e da Galeria Estação, sob a chancela Apoio.

Entre 17 de junho e 17 de agosto, a exposição segue em itinerância para a Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte.

A mostra integra o programa de exposições Instituto Tomie Ohtake visita, que busca criar conexões com colecionadores e agentes do circuito da arte, proporcionando acesso a coleções que, em parte, são pouco exibidas ao grande público. Apresentadas sob diferentes leituras curatoriais, essas mostras se aproveitam de combinações improváveis de artistas e trabalhos para contemplar novas perspectivas de uma história da arte já consolidada.

No contexto da exposição, será lançada, em parceria com a Editora Martins Fontes, a coletânea Arte Popular – Modos de Usar, organizada por Amanda Reis Tavares Pereira — pesquisadora e curadora que tem consolidado investigações que ampliam e atualizam os debates sobre o tema. O livro recompila, discute e revisita a historiografia e as questões ligadas à arte popular, com textos de Lélia Coelho Frota, Fernanda Pitta, Ana Avelar, Ayrson Heráclito, entre outros, oferecendo uma leitura atualizada tanto de textos históricos quanto contemporâneos.

Vilma Eid desempenha um papel fundamental na valorização da arte popular brasileira. Como fundadora da Galeria Estação, inaugurada há 20 anos ao lado de seu filho Roberto Eid Philipp, a galerista se dedica incansavelmente à promoção, reconhecimento e inclusão dos artistas populares no cenário artístico nacional e internacional, evitando rótulos que possam limitar ou estigmatizar tais artistas e suas produções. Ao dizer que “Arte é arte. Não importa a classificação”, Eid afirma seu entendimento sobre os múltiplos caminhos da criação artística.

Em sua casa, a galerista dispõe as obras de tal forma a criar conexões inesperadas. Trabalhos de artistas modernos e contemporâneos, como Geraldo de Barros, Mira Schendel, Paulo Pasta ou Tunga, convivem com os ditos populares, como José Antonio da Silva, Izabel Mendes da Cunha, Itamar Julião ou Véio. Além de estimular o encontro desses trabalhos no ambiente expositivo, a mostra contribui para o debate sobre categorias de definição no sistema da arte.

Como defendem as curadoras: “Em vez de fixar uma definição do que é ‘popular’ ou ‘erudito’, a mostra Em cada canto sugere novas possibilidades de diálogos. Ao apresentar, pela primeira vez, o conjunto de obras reunidas por Vilma Eid nos últimos 40 anos, a exposição põe em evidência como as peças se transformam quando vistas lado a lado, estimulando o público a perceber a arte brasileira como campo aberto a intersecções e reinterpretações.”

As duas salas que compõem a mostra trazem conexões entre artistas e obras encontradas na casa da colecionadora e outras propostas pela curadoria. Estão lá representadas questões recorrentes na história da arte: a relação entre tradição e inovação; temporalidade e espaço; cor e forma ou figuração e abstração. Em alguns casos, através de categorias ligadas à arte popular, como o imaginário rural, a valorização de saberes regionais ou os trabalhos com barro e madeira. Em outros, com processos costumeiramente relacionados ao modernismo e à arte contemporânea, incluindo aí os temas conceituais, a abstração ou o aproveitamento de materiais do dia a dia. Como afirmam Roman e Bergues, “apresentar, pela primeira vez, o conjunto heterogêneo de obras que habitava o ambiente doméstico de Vilma — onde surgiam conexões inusitadas entre estilos, épocas e técnicas — representa um desafio curatorial para manter a atmosfera de proximidade, sem abrir mão da clareza expositiva”, concluem.

Detalhes

Início:
14 março -11:00
Final:
25 maio -19:00
Categoria de Evento:
Evento Tags:
, ,
Website:
https://www.institutotomieohtake.org.br/

Local

Instituto Tomie Ohtake
Rua Coropé, 88 - Pinheiros
São Paulo, SP Brasil
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