Andy Warhol está prestes a ocupar a cidade de São Paulo em 2025 com a maior exposição já realizada sobre sua obra no Brasil. Em maio, o Museu de Arte Brasileira (MAB) da FAAP recebe um conjunto extenso de trabalhos vindos do museu que leva seu nome em Pitsburgo, cidade onde nasceu. Décadas depois de sua morte, Warhol segue como referência incontornável para a arte e para a cultura visual, antecipando muito do que viria com a internet, a cultura das celebridades e o consumo massivo de imagens.
Mais do que transformar rostos famosos em ícones ou dar status de arte a produtos de supermercado, Warhol entendeu como funcionava a engrenagem da fama e da repetição. Não à toa, dizia que queria ser uma máquina e fazia do seu ateliê um grande centro de produção em série. Mas sua obra não se resume a serigrafias de Marilyn Monroe e latas de sopa Campbell. Entre retratos encomendados, filmes experimentais, manipulação de fotografias e projetos editoriais, ele transitou por diferentes formatos e sempre testou o limiar entre original e cópia, arte e mercadoria.
Não é a primeira vez que Warhol ocupa o circuito brasileiro – em 2010, a Estação Pinacoteca apresentou uma exposição centrada em sua produção dos anos 1960. Agora, a mostra na FAAP deve trazer um recorte mais amplo. Ainda não se sabe quais obras estarão na seleção oficial, mas a expectativa é de que o público veja tanto os hits mais conhecidos quanto aqueles que ajudam a entender a extensão de sua prática.
Os detalhes sobre ingressos e programação ainda serão divulgados. Enquanto isso, vale lembrar que Warhol nunca gostava de dar respostas diretas, mas sabia fazer perguntas que continuam relevantes. Afinal, o que ainda não virou imagem?
