Jaime Lauriano, “Meu sangue latino, minh’alma cativa #4”, 2024.®Flavio Freire
A Nara Roesler São Paulo apresenta, em 6 de fevereiro de 2025, às 18h, a exposição coletiva “Cosmos – Outras Cartografias”, com curadoria da artista Laura Vinci em parceria com o núcleo curatorial Nara Roesler. A mostra reúne 32 trabalhos de 20 artistas que embora possuam poéticas distintas entre si têm como ponto de convergência a questão da cartografia, campo do conhecimento que produz representações gráficas de um determinado espaço, e que historicamente dialoga profundamente com as artes, a religião e diversos sistemas de crenças e mitologias. Olhando para os mapas como ideias de representação de mundo, mas também como ferramentas amplamente utilizadas para controle e exploração de territórios colonizados, a mostra busca reunir trabalhos que repensam e subvertem essas
representações.
Dentre os nomes de peso histórico da mostra, estão trabalhos de Nelson Leirner, Paulo Bruscky e Anna Bella Geiger, que buscam trazer a questão da representação gráfica para um viés poético, tanto discutindo questões nacionais quanto se debruçando sobre uma geopolítica mais ampla. A materialidade da cartografia aparece nos trabalhos de André Vargas, Marina Camargo e Carlos Bunga, que constroem (ou percebem) mapas e desenhos através de suportes pouco usuais, como chinelos de borracha, recorte em borracha e tinta látex sobre tapete, respectivamente. Temas de ordem política, trazendo questões como disputas de narrativa e colonialismo estão presentes nos trabalhos de Alfredo Jaar, Jonathas de Andrade, Jaime Lauriano e Talles Lopes.
Laura Vinci afirma que o foco da exposição decorre “das várias crises que o nosso planeta enfrenta atualmente – sejam elas políticas, migratórias ou ambientais – e seu objetivo é inspirar a reflexão sobre diferentes abordagens artísticas para essas questões urgentes. “Para os artistas, ‘pensar sobre o mundo’ não significa necessariamente filosofar, mas criar imagens, objetos, representações e intervenções que se envolvam com essas ideias globais. Alguns trabalhos podem ter uma perspectiva mais política ou geopolítica, enquanto outros podem enfatizar preocupações ambientais. Juntas, as obras incentivarão um diálogo mais amplo sobre o mundo em que vivemos”, destaca.
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