Ding Shilun: Janus apresenta um conjunto de pinturas recém-comissionadas e uma instalação site-specific na primeira exposição individual do artista em um museu nos Estados Unidos. As obras etéreas e, por vezes, inquietantes de Shilun apresentam mitologias idiossincráticas inspiradas em sua vida cotidiana. Cada pintura funciona como uma vinheta individual, retratando cenas autônomas e frequentemente ambíguas que utilizam a figuração para transmitir emoções intensas e anedotas simples, em vez de narrativas elaboradas.
O artista se refere a essa forma de contar histórias como uma “fábula pessoal”; os protagonistas de suas pinturas são avatares do próprio artista, que ele descreve como “projeções e incorporações do meu eu interior, refletindo minha confusão ao viver entre diferentes culturas e ideologias, assim como meu desejo de construir minha própria realidade.” O título da exposição, Janus, foi inspirado no deus romano dos começos e fins, escolhido pelo artista para evocar esse paradoxo em suas obras.
As pinturas de Shilun são influenciadas por uma ampla gama de imagens de referência, tradições e técnicas. A teatralidade de suas obras, assim como seus temas sobrenaturais e satíricos, têm como influência a ópera Nuo—performances da religião popular chinesa Nuoismo—, bem como coleções proeminentes do folclore chinês e as célebres gravuras de Francisco Goya, como a série Los caprichos (Os Caprichos, 1797–98). Para imitar os pigmentos à base de água da pintura tradicional chinesa gongbi, Shilun aplica numerosas camadas finas de tinta a óleo diluída. Esse método delicado contrasta com a iconografia volátil de suas obras, evocando as contradições e tensões da vida cotidiana.
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