O artista mineiro, natural de Poços de Caldas, Teodoro Dias, ganha sua primeira exposição individual, na DAN Contemporânea, a partir do dia 9 de novembro. Com curadoria de Taisa Palhares, a mostra apresenta um conjunto de 41 obras, entre pinturas, desenhos e esculturas, que revela a essência da poética visual do artista: uma forma compositiva sintética, com a combinação de faixas verticais que só diferem na largura e na cor e que lembram o caráter repetitivo e anônimo do mundo industrial.
A arte de Teodoro Dias lida com formas simples que poderiam se resumir a duas linhas paralelas. Sua preocupação central reside na criação de objetos que não se mostram ostensivamente como arte. Elas estão na origem de suas gravuras, desenhos, pinturas e objetos tridimensionais. O desafio do artista, conscientemente, está na capacidade de, a partir de elementos tão simples, proporcionar ao público experiências que revelem as possibilidades infinitas contidas em gestos corriqueiros e anônimos: traçar uma linha ao lado da outra.
“O trabalho de Teodoro, que surgiu na cena artística brasileira recente, é marcado por uma aparência de concisão que não oculta o processo de maturação, que em geral acompanha a realização de obras significativas”, fala Palhares. “A combinação de faixas verticais presentes nas obras, que à primeira vista pode parecer um exercício conceitual vazio em torno da arte abstrata, é temperado pelo trabalho singular e artesanal que ele mantém com a produção das cores e suas combinações, gerando a sensação de uma forma viva, vibrante e expressiva.”
No caso dos trabalhos maiores, feitos de perfis de alumínio pintados e articulados em posição vertical – e que podem ser manipulados pelo visitante – produz-se a imagem de uma partitura visual colorida em aberto que materializa o movimento dinâmico, e ao mesmo tempo harmonioso, de um organismo vivo. “Se é possível falar em uma tradição da arte brasileira que foi enfeixada sob a definição de ‘geometria sensível’, é certo que sua poética se aproxima de tal tendência, a fim de reafirmar a potência inventiva que há naquilo que é simultaneamente sintético e múltiplo, simples e complexo, anônimo e singular”, afirma a curadora.
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