Marcada pelo “segundo vento do Surrealismo”, sua produção por volta de 1955 está alinhada com a abstração gestual e textural que ocupava um lugar proeminente na época. Misturando o material com uma faca, tecendo redes inextricáveis e permitindo que “traços gráficos” invadam a tela, Réquichot parece levar a pintura aos seus limites absolutos. Suas Relíquias e suas telas suspensas enroladas apresentam expressões exacerbadas disso.
Ultrapassando o âmbito da Arte Informal, da qual ele é um representante eminente, Réquichot foi rápido em introduzir colagens em sua pintura. No domínio gráfico, ele investiu o motivo espiral com uma função quase hipnótica em impressionantes tintas sobre papel sublinhadas por guache branco. Relacionados de perto à escrita ilegível, que não está desconectada da produção literária do artista, esses motivos se traduzem em escultura na forma de agregados de anéis de poliestireno. Réquichot era uma figura complexa e atormentada que tirou a própria vida pouco antes de sua segunda exposição individual organizada por seu galerista, Daniel Cordier.
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