Uma rica diversidade de abordagens artísticas existia no Brasil nas décadas em torno do meio do século XX, após a primeira onda modernista ter se estabelecido. Esta exposição encontra diálogos entre várias formas de abstração, simbolismo e figurativismo que estavam circulando e interagindo na cultura visual da época. As geometrias abstratas produzidas pelos concretistas e neoconcretistas em São Paulo e Rio de Janeiro – Judith Lauand, Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lygia Pape entre eles – são agora internacionalmente celebradas. A simbologia afro-brasileira desenvolvida no mesmo período por artistas como Mestre Didi, Abdias Nascimento e Rubem Valentim, frequentemente referindo-se ao Candomblé e outras práticas espirituais, não foi menos pioneira. Também são trazidas para o diálogo representações de cenas de rua, vida doméstica e trabalho agrícola – gêneros perenemente populares na arte brasileira, que são elaborados nas composições de Silvia de Leon Chalreo, nos encenamentos teatrais de Heitor dos Prazeres e nos têxteis expressivos de Madalena Santos Reinbolt.
Feita em colaboração com o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), “Some May Work as Symbols” [Algumas Podem Funcionar como Símbolos] reflete sobre algumas das ausências ou exclusões na historiografia da arte brasileira. Apresentando obras de qualidade deslumbrante de trinta artistas, grande parte das quais nunca foi vista no Reino Unido antes, esta exposição se baseia principalmente em quatro coleções de museus – MAM Rio; Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, em São Paulo; o Museu de Arte Contemporânea, Universidade de São Paulo; e o Museu de Arte Moderna da Bahia – além de coleções privadas. “Some May Work as Symbols” é curada por Pablo Lafuente, diretor artístico do MAM Rio, e Thiago de Paula Souza, curador independente e pesquisador.
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