O museu de l’Orangerie, que abriga a obra-prima final de Claude Monet, as Ninféias, revela-se o lugar perfeitamente adequado para esta reinterpretação. Ryman, que rejeitava a noção de influência ou a ideia de expor em diálogo com outro artista, no entanto, insere-se na história da pintura, questionando cada um dos aspectos e fundamentos. Assim como Monet antes dele, ele concentra suas pesquisas, de forma quase obsessiva, nas especificidades próprias de seu meio, questionando as noções de superfície, limite da obra, espaço no qual ela se integra, luz com a qual ela brinca e duração na qual ela se desdobra.
É em torno dessas noções simples – superfície, limite, espaço, luz, duração – que a exposição se articula. São elementos fundamentais da pintura que Ryman esgota as potencialidades, para melhor revelá-los entre si. É pelo olhar que o pintor lhes lança, um olhar em ato, que a pintura assim reduzida ao essencial ganha todo o seu significado. Esperamos assim, por meio desta exposição, responder a um desafio fundamental da abordagem de Ryman: mostrar a pintura em sua forma mais simples, revelá-la através da luz e do espaço nos quais ela se insere, tão necessários à obra quanto seus componentes físicos (meio, suporte, fixação, …).
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