No início desse ano Louis Vuitton fez um anúncio surpresa: o rapper e empresário Pharrell Williams assumiria o papel de diretor criativo masculino da célebre casa de moda – substituindo o já lendário Virgil Abloh. A estreia, na semana de moda de Paris, já causou um bom primeiro impacto e mostrou que Williams está alinhado com o DNA artsy da marca: ele fez uma parceria com o ingles Henry Taylor.
Famoso por seus retratos de pessoas que conheceu na rua e por representar cenas poéticas do cotidiano, Taylor já pintou os Obamas e criou telas que atingem seis dígitos.Ele ganhou destaque na última década, primeiro representado pela notória galeria Blum & Poe, em Los Angeles; e, depois ganhando representação adicional por Hauser e Wirth em 2020.
Para a coleção de estreia de Williams – que apresentava camuflagem pixelada e outras reviravoltas do clássico xadrez LV – havia uma série de ternos bordados com pequenas réplicas dos retratos de Taylor. Alguns dos looks feitos de jeans vinham acompanhados por uma jaqueta no formato de um avental de artista. Os outros ternos foram desenvolvidos em tecido preto com variações que incluíam um colete, uma saia ou um cardigã – todos bordados da mesma forma.
Esta não é a primeira vez que Taylor trabalha com a marca, conhecida por suas frequentes colaborações com artistas. Em 2020, Taylor fez parceria com a Louis Vuitton quando foi escolhido para contribuir com a nova linha “ArtyCapucines” – uma edição limitada do modelo Capucines, lançado em 2013, interpretado anualmente seis artistas escolhidos a dedo pela marca. A Louis Vuitton imprimiu cuidadosamente um dos retratos de Taylor nas bolsas, juntamente com desenhos que apresentavam ou sugeriam trabalho de Beatriz Milhazes, Lui Wei, Jean-Michel Othoniel, Josh Smith e Zhao Zhao.