Primeira individual no Reino Unido da artista, romancista e poeta Barbara Chase-Riboud (1939, Filadélfia, EUA, vive e trabalha em Paris), “Barbara Chase-Riboud: Infinite Folds” apresenta uma seleção de esculturas em larga escala ao lado de trabalhos em papel que datam dos anos 1960 até hoje. A mostra marca a estreia no Reino Unido de algumas peças inéditas e de algumas das obras mais célebres da obra abrangente da artista. Com uma carreira de mais de sete décadas, Chase-Riboud inovou na técnica escultórica e na materialidade pela interação entre dobras de bronze fundido ou alumínio e bobinas de lã e seda que são atadas, trançadas, enlaçadas e tecidas. Ao combinar materiais com diferentes qualidades, como duro e macio, leve e pesado, tátil e rígido, as obras de Chase-Riboud dão uma abordagem estética à base escultural através do uso de “saias” de fibra, ainda dentro do interesse da artista em formas artesanais que unem princípios opostos. Paralelamente à sua prática escultórica, Chase-Riboud é uma distinta poeta e escritora de ficção histórica. Ela obteve sucesso literário já com seu romance de estreia, “Sally Hemings”. Publicado em 1979, narra a relação romântica entre o presidente americano Thomas Jefferson e a mulher escravizada Sally Hemings, revelando que ela era a mãe de seis de seus filhos. Desde então, Chase-Riboud publicou mais de dez romances e coleções de poesia, incluindo “Ecos do Leão”, adaptado para as telas e conhecido internacionalmente como o aclamado “Amistad”. Comprometida com histórias e culturas transnacionais em primeiro plano, Chase-Riboud se inspira em sua experiência de viver, trabalhar e viajar pela Europa Ocidental e Oriental, Ásia Ocidental, Norte da África e Sudeste Asiático. Os encontros de Chase-Riboud com a arquitetura e escultura clássica e artefatos históricos de tradições ocidentais e não-ocidentais são a fonte de seu fascínio recorrente com o monumento público. Em sua série principal, “The Monument Drawings”, e através de uma seleção de esculturas que datam do final dos anos 1960, Chase-Riboud imagina edificações e memoriais em homenagem a várias figuras históricas, culturais, artísticas e literárias. Estas incluem, entre outras, Sarah Baartman, Malcolm X, a mãe de Peter Paul Rubens, Josephine Baker, a Rainha de Sabá e o Rei Salomão, Cleópatra, Anna Akhmatova e Lady Macbeth. Essas obras monumentais abrangem as noções de memória, legado e poder, levando a uma reflexão sobre quais pessoas e eventos são comemorados, e por quem. Em cartaz na Serpentine North, em Kensington Gardens, onde estátuas públicas emolduram a paisagem, “Barbara Chase-Riboud: Infinite Folds” destaca as figuras muitas vezes desconhecidas que continuam a moldar nossas impressões sobre o passado e o presente.
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