Philip Guston: um camaleão dos pincéis

A trajetória do artista Philip Guston é marcada por várias mudanças. O artista foi camaleônico durante sua vida, tendo sido um pintor de murais fortemente influenciado por mestres da renascentistas,…

por Jamyle Rkain
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A trajetória do artista Philip Guston é marcada por várias mudanças. O artista foi camaleônico durante sua vida, tendo sido um pintor de murais fortemente influenciado por mestres da renascentistas, passando pelo expressionismo abstrato e depois retornando à figuração de forma totalmente diferente da inicial!

Ele nasceu em junho de 1913, na cidade de Montreal, no Canadá. Filho de pais ucranianos, que viajaram para lá para se exilarem, fugindo da perseguição contra judeus no país de origem. Desde pequeno, teve seus dotes artísticos incentivados pela mãe, tendo começado a pintar aos 12 anos de idade. A família se mudou para Los Angeles e ele foi matriculado, em 1927, na Escola de Artes Manuais de Los Angeles. Lá, ele começou a ter aulas com Frederick John de St. Vrain Schwankovsky, junto a Jackson Pollock, tendo sido iniciado à arte europeia moderna, filosofia oriental e à literatura mística.

The Young Mother, 1944

Pintor de murais durante a década de 1930, seu trabalho foi muito inspirado pela Renascença. Mas a mudança para Nova Iorque, no final dos anos 40, fez uma reviravolta gigantesca em seu processo criativo. Assim, em 1951, Guston pintou seus primeiros trabalhos abstratos!

Painting No. 9, 1952

Essa sua inclinação para o expressionismo abstrato fez muito sucesso e chamou muito a atenção do circuito, o que rendeu a ele uma individual na Galeria Peridot. Sua pintura agora tinha a tela como suporte, não mais os murais. Era um pintor de cavalete, que utilizava paleta limitada: brancos, pretos e vermelhos em suas representações. Mas na década seguinte ele se cansou e foi ficando frustrado com a abstração.

To Fellini, 1958

Nesse momento, ele Philip Guston foi de volta às raízes figurativas, produzindo trabalhos que trabalhos que traziam elementos muito diferentes dos murais orientados pelo Renascimento: eram quadros cheios de bitucas de cigarro, latas e desenhos animados de Klansmen, compostos por um estilo que eram fundamentais do realismo dos desenhos animados e do neo-expressionismo.

Suas pinturas, gravuras e múltiplos revelam esses impulsos e os manifestam de forma singular: derramam bebidas alcoólicas de garrafas tombadas, cabelos e verrugas brotam de cabeças e membros de maneiras completamente estranhas. Assim, o trabalho de Guston vai do bem-humorado ao sinistro e ao medonho.

Head and Bottle Philip Guston,1975

É desta forma distinta que as obras de Guston, falecido em 1980, hoje fazem parte de coleções importantíssimas, de muito renome, como as do Metropolitan Museum of Art, do MoMA e da Tate Modern. Além disso, ele participou de uma Bienal de Veneza, em 1960, e dois anos depois teve uma considerável retrospectiva no Museu Solomon R. Guggenheim, que itnerou posteriormente para três instituições europeias, como a Whitechapel Gallery, o Palais des Beaux-Arts e o Museu Stedelijk.

A Critical Study, 1975
Moon, 1979

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