A Pinacoteca de São Paulo apresenta a exposição “A linha como direção”, que ocupa o segundo andar da Pinacoteca Estação. Com curadoria do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do museu, a mostra apresenta 12 esculturas e relevos, pertencentes ao acervo da Pinacoteca, que tem em comum o fato de apoiarem-se no elemento geométrico da linha para criar sua espacialidade, retendo, de maneira direta ou indireta, alguns dos questionamentos propostos pelo construtivismo no início do século XX. A realização dessa exposição foi possível graças ao apoio da Lei de Incentivo à Cultura.
Em 1920, os construtivistas russos conceberam o Manifesto Realista no qual defendiam “a linha como direção”. O grupo entendia esse elemento geométrico, não como sua representação gráfica, mas como forma de pontuação das forças e dos ritmos escondidos nos objetos. Também buscavam combater o preconceito secular da impossibilidade de se separar o volume da massa de um objeto. Propunham também rejeitar “o volume como forma plástica do espaço” e “a massa como elemento escultórico”.
Eles tinham em mente os exemplos da engenharia – o trilho, a viga, o arco, o contraforte – e sua capacidade de aguentar cargas e tensões sem a necessidade de quantidades enormes de material; a forma como o espaço poderia ser ocupado e os possíveis vazios gerados. Refletiam sobre a ideia de uma escultura que se afastasse da imperiosidade do monumento para proclamar — como novos valores plásticos — a leveza, a transparência, os ritmos cinéticos, o movimento e o dinamismo.
A linha como direção
Abertura: 15/06/19, 11h
Visitação: até 03/02/2020; quarta a segunda, 10h-17h30
Pinacoteca Estação: Largo General Osório,66 – 2º andar, São Paulo. Entrada gratuita