50 exposições pelo mundo para visitar em 2025

A lista inclui importantes individuais de artistas brasileiros, além de retrospectivas de Ruth Asawa, Yayoi Kusama, Leonora Carrington e Gabriele Münter

por Diretor
13 minuto(s)

Prepare-se, pois 2025 está repleto de exposições imperdíveis! O ano começa com foco nacional na mostra “Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo”, na Royal Academy of Arts, em Londres, reunindo grandes nomes como Rubem Valentim, Tarsila do Amaral e Djanira da Motta e Silva. Podemos esperar ainda mais evidência para artistas brasileiros, com exposições individuais de Lygia Clark, Lucas Arruda e Beatriz Milhazes ao longo do ano.

Temas contemporâneos como a crise climática e o avanço da tecnologia também estarão em foco. Em “Northern Lights”, na Fondation Beyeler, em Riehen, a magia das auroras boreais é usada como metáfora para refletir sobre a fragilidade e a grandiosidade da natureza. Já em “Rashid Johnson: A Poem for Deep Thinkers”, no Guggenheim, em Nova York, o artista mistura mídias e linguagens para questionar como a tecnologia pode tanto desconectar quanto conectar indivíduos.

Vale ressaltar também a crescente participação de mulheres liderando exposições individuais no calendário internacional, consolidando uma tendência dos últimos anos. A revolucionária e ativista radical Elizabeth Catlett será celebrada com uma grande mostra que lança luz para sua importância histórica. Além dela, artistas como Leonor Fini e Yayoi Kusama discutem autonomia feminina e resistência a normas patriarcais em trabalhos com forte apelo surrealista e conceitual. Tracey Emin e Jenny Saville, por sua vez, abordam questões de vulnerabilidade, trauma e resiliência.

Entre outros destaques estão as retrospectivas de Ruth Asawa, Leigh Bowery, Gabriele Münter, Anselm Kiefer e Suzanne Valadon, que prometem iluminar diferentes perspectivas artísticas e históricas. Confira abaixo!

Tarsila do Amaral, “O Lago”, 1928. © Tarsila do Amaral SA

Janeiro

“Suzanne Valadon”Centre Pompidou, Paris (15.01–26.05)
A carreira revolucionária da pintora autodidata Suzanne Valadon é revisitada em uma retrospectiva que mostra como a artista enfrentou normas de gênero no início do século XX, por meio do seu olhar visceral e intimista da vida cotidiana.

“Giorgio Morandi: Masterpieces from the Magnani-Rocca Foundation”David Zwirner, Nova York (16.01–22.02)
A exposição reúne obras essenciais de Giorgio Morandi emprestadas da coleção Magnani-Rocca. Naturezas-mortas simples e silenciosas evidenciam como ele lidava com cor, luz e espaço para transformar o ordinário em algo atemporal.

“Cy Twombly”Gagosian, Nova York (23.01–22.03)
A mostra foca na relação de Twombly com a história clássica e a poesia, presentes em suas pinturas e desenhos. Fragmentos de textos, rabiscos e cores intensas compõem trabalhos que parecem sempre inacabados, mas carregados de significado.

“LOUVRE COUTURE: Objets d’art, objets de mode”Musée du Louvre, Paris (24.01–21.07)
Peças de alta-costura e obras do acervo do Louvre são apresentadas juntas para discutir como o vestuário e a arte se influenciaram ao longo dos séculos. A exposição inclui desde roupas históricas até criações de estilistas modernos.

“Northern Lights”Fondation Beyeler, Riehen, Suíça (26.01–25.05)
Instalações contemporâneas recriam a mágica das auroras boreais. Artistas usam luz e cor para traduzir o impacto visual e emocional desse fenômeno natural.

“Brasil! Brasil! The Birth of Modernism”Royal Academy of Arts, Londres (28.01–21.04)
Obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e outros artistas-chave mostram como o modernismo brasileiro reinterpretou influências europeias para criar uma identidade estética própria.

Gustav Klimt, “Medicine (Faculty painting)”, 1901. Imagem por Google

Fevereiro

“Gabriel Orozco: Politécnico Nacional”Museo Jumex, Cidade do México (01.02–03.08)
Gabriel Orozco investiga os limites entre ciência e arte. Esculturas e instalações dessa mostra combinam rigor técnico e intuição criativa para questionar nossa relação com progresso e tecnologia.

“American Photography”Rijksmuseum, Amsterdã (01.02–09.06)
Uma análise visual de dois séculos de fotografia nos Estados Unidos, passando por nomes que definiram o meio, como Dorothea Lange e Cindy Sherman. A exposição retrata as transformações da sociedade americana.

“A WORLD IN COMMON: Contemporary African Photography”C|O Berlin, Berlim, Alemanha (01.02–07.05)
A exposição reúne fotógrafos africanos contemporâneos que reconfiguram narrativas visuais sobre o continente.

“Paul McCarthy: Outside is Inside, Inside is Outside, God is Dog, Dog is God”Hauser & Wirth, Londres (04.02–17.04)
Paul McCarthy apresenta uma instalação caótica e provocativa que aborda temas como poder, moralidade e excessos. A obra é visceral e desconfortável, como é típico do artista.

“Marina Vargas: Revelations”Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madri (10.02–04.05)
Marina Vargas usa símbolos religiosos para criar esculturas e pinturas que lidam com identidade, sacrifício e transcendência. A mostra tem uma estética que mistura o barroco com o contemporâneo.

“Tau Lewis: Spirit Level”David Zwirner, Los Angeles, EUA (13.02)
A exposição apresenta esculturas têxteis de Tau Lewis, que utilizam materiais reciclados para construir narrativas carregadas de simbolismo espiritual e cultural.

“Cosmos Kandinsky: Geometric Abstraction in the 20th Century”Museum Barberini, Potsdam, Alemanha (15.02–18.05)
A mostra examina a trajetória do artista russo e sua influência na abstração geométrica. Além de obras do próprio Kandinsky, artistas que expandiram o vocabulário abstrato no século XX, como Piet Mondrian e Kazimir Malevich, também estão representados.

“Gustav Klimt: Pigment & Pixel”Belvedere Museum, Viena (20.02–07.09)
A mostra combina as pinturas de Klimt com projeções digitais que ampliam detalhes de suas obras. É uma abordagem inovadora para apresentar sua estética rica em ornamentos e simbolismos.

“Leonor Fini”Palazzo Reale, Milão (26.02–22.06)
É apresentada uma seleção de obras de Leonor Fini, importante artista surrealista que contrariou as convenções de gênero e criou cenas carregadas de erotismo e mistério.

“Leigh Bowery!”Tate Modern, Londres (27.02–31.08)
A mostra dedica-se ao legado de um ícone da contracultura, cujo trabalho utilizou moda, performance e arte como meios para questionar e desconstruir padrões estéticos.

Detalhe da obra de Beatriz Milhazes. Divulgação The Guggenheim Museum

Março

“Collection in Focus | Beatriz Milhazes: Rigor and Beauty”Guggenheim, Nova York (07.03–07.09)
A artista brasileira combina formas geométricas, padrões ornamentais e cores intensas, e ganha uma exposição individual em um dos mais importantes museus. Suas obras sintetizam influências brasileiras com a abstração moderna.

“Anselm Kiefer: Sag mir wo die Blumen sind”Van Gogh Museum + Stedelijk Museum Amsterdam, Amsterdã (07.03–09.06)
As paisagens de Anselm Kiefer e Van Gogh se encontram e dialogam em uma exposição que aborda memória, destruição e regeneração.

“Siena: The Rise of Painting, 1300–1500”National Gallery, Londres (08.03–22.06)
Uma viagem ao coração do renascimento italiano, com obras de Duccio, Lorenzetti e outros mestres sieneses que definiram uma nova abordagem para a pintura religiosa e narrativa.

“Elizabeth Catlett: A Black Revolutionary Artist”National Gallery of Art, Washington, D.C. (09.03–06.07)
Catlett utilizou a arte como ferramenta de luta por direitos civis. A exposição reúne esculturas e gravuras que tratam de temas como igualdade racial e empoderamento feminino.

“Edvard Munch Portraits”National Portrait Gallery, Londres (13.03–15.06)
Retratos de Munch mostram figuras imersas em melancolia e ansiedade, capturando a complexidade emocional de seus tempos.

“Tracey Emin”Palazzo Strozzi, Florença (16.03–20.07)
Obras confessionais e introspectivas de Emin, incluindo desenhos e esculturas, exploram memórias pessoais e sentimentos de perda e vulnerabilidade.

Lucas Arruda, Sem título, da série Deserto-Modelo, 2023 © Foto: Everton Ballardin

Abril

“Giuseppe Penone”Serpentine Galleries, Londres (03.04–Setembro)
Esculturas e instalações que combinam materiais incluindo pedra e madeira, trazem a tona a relação simbiótica entre natureza e humanidade.

“Lucas Arruda”Musée d’Orsay, Paris (08.04–20.07)
Arruda realiza uma importante exposição individual, na qual apresenta suas paisagens imaginárias construídas a partir de nuances sutis de luz e textura, que despertam sentimentos de nostalgia e introspecção.

“Yoko Ono: Music of the Mind”Gropius Bau, Berlim (11.04–31.08)
Yoko Ono transforma som e silêncio em componentes principais de uma experiência que questiona como percebemos o tempo e o espaço.

“Rashid Johnson: A Poem for Deep Thinkers”Guggenheim, Nova York (18.04–18.01.2026)
Esculturas e instalações abordam ancestralidade e identidade negra, combinando referências históricas e contemporâneas.

“Klára Hosnedlová”Hamburger Bahnhof, Berlim (25.04–26.10)
A artista tcheca apresenta uma instalação interativa que dialoga tanto com o público quanto com o espaço, integrando arquitetura e memória.

Fotografia de Lygia Clark em frente às suas obras na “Exposição Neoconcreta”, 1959. Foto: Divulgação/Pinacoteca de São Paulo

Maio

“Do Ho Suh: Walk the House”Tate Modern, Londres (01.05–19.10)
A exposição apresenta estruturas arquitetônicas translúcidas criadas por Do Ho Suh. Feitas de tecidos delicados, essas instalações reproduzem espaços reais em que o artista viveu, questionando as ideias de lar, deslocamento e memória.

“Hiroshige: Artist of the Open Road”British Museum, Londres (01.05–07.09)
As gravuras de Hiroshige capturam paisagens e cenas do Japão feudal, com um olhar detalhista sobre a natureza e o cotidiano. A mostra foca na influência do ukiyo-e na arte ocidental e na evolução do paisagismo como tema principal.

“Superfine: Tailoring Black Style”The MET, Nova York (10.05–26.10)
Uma celebração da moda negra e sua influência duradoura na cultura global. A mostra explora como estilistas, artistas e comunidades redefiniram a moda ao longo do tempo, desde alfaiataria clássica até criações contemporâneas revolucionárias.

“Lygia Clark: Retrospectiva”Neue Nationalgalerie, Berlim (23.05–12.10)
A obra de Lygia Clark é explorada em profundidade nesta retrospectiva que destaca sua transição de pinturas geométricas para trabalhos interativos. A exposição apresenta obras que incentivam o público a participar fisicamente, ampliando a percepção sensorial da arte.

“Paul Cézanne and Auguste Renoir: Looking at the World”Mitsubishi Ichigokan Museum, Tóquio, Japão (29.05–07.09)
A exposição coloca lado a lado as obras de Cézanne e Renoir, revelando suas abordagens distintas ao retratar a natureza e a figura humana. Enquanto Cézanne buscava estrutura e forma, Renoir se concentrava na luz e no movimento.

“Masako Miki”ICA SF, São Francisco, EUA (Maio–Setembro.2025)
Masako Miki explora a mitologia japonesa em esculturas de grandes dimensões e instalações imersivas. A exposição mistura figuras folclóricas tradicionais com questões contemporâneas, criando um espaço entre o real e o imaginário.

Jenny Saville, “Drift”, 2020-2022 © Jenny Saville, Cortesia Gagosian

Junho

“Radical! Women Artists and Modernism, 1910–1950”Belvedere Museum, Viena (18.06–12.10)
Artistas como Natalia Goncharova e Sophie Taeuber-Arp ganham destaque nesta exposição que revisita o modernismo sob uma perspectiva feminina. A mostra enfatiza o papel dessas mulheres na redefinição das fronteiras artísticas e sociais.

“Jenny Saville: The Anatomy of Painting”National Portrait Gallery, Londres (20.06–07.09)
A exposição reúne as obras monumentais de Jenny Saville, que exploram a corporeidade em todas as suas formas. Pinturas de grande escala revelam a textura da pele, os movimentos dos músculos e a fragilidade do corpo humano com detalhes impressionantes.

“Kiefer / Van Gogh”Royal Academy of Arts, Londres (28.06–26.10)
Uma conversa entre o contemporâneo e o clássico, a exposição estabelece um diálogo entre Anselm Kiefer e Vincent van Gogh. Obras de ambos abordam paisagens existenciais e os limites entre destruição e renascimento, conectando o passado e o presente.

Gabriele Münter, “Still Life on the Tram (After Shopping)”, c. 1912 © 2024 Artists Rights Society

Setembro

“Gabriele Münter: Into Deep Waters”Guggenheim, Nova York (07.09–26.04.2026)
Uma das figuras centrais do expressionismo alemão e do grupo Der Blaue Reiter, Gabriele Münter tem suas paisagens e composições introspectivas apresentadas em uma exposição que reflete sua contribuição para o movimento e sua abordagem visual do inconsciente.

“Amy Sherald: American Sublime”National Portrait Gallery, Washington, D.C. (19.09–22.02.2026)
Amy Sherald, famosa por seus retratos de tons cinzentos, apresenta uma série de obras que questionam narrativas tradicionais sobre a identidade negra nos Estados Unidos. Seus retratos destacam dignidade e profundidade psicológica.

“Man Ray”Palazzo Reale, Milão (Setembro.2025–Janeiro.2026)
A genialidade multifacetada de Man Ray é explorada em uma mostra que reúne fotografia surrealista, cinema experimental e objetos tridimensionais. A mostra ilumina como o artista desafiou convenções para explorar os limites da criatividade.

“Made in LA”The Hammer Museum, Los Angeles, EUA (Setembro–Dezembro.2025)
A edição de 2025 de “Made in LA” reúne artistas emergentes e estabelecidos que trabalham na região metropolitana de Los Angeles. Com foco na diversidade cultural e nas questões contemporâneas que moldam a cidade, a mostra explora como o local influencia as práticas artísticas.

Ruth Asawa em “Ruth Asawa: A Retrospective View”, Museu de Arte de São Francisco, 1973. Foto: Laurence Cuneo

Outubro

“Nan Goldin: This Will Not End Well”Pirelli Hangar Bicocca, Milão, Itália (09.10–Fevereiro.2026)
Nan Goldin, uma das fotógrafas mais importantes do pós-guerra, apresenta uma retrospectiva que aborda suas obras íntimas e transgressoras. A exposição reúne fotografias e instalações com temas como identidade, vício, amor e perda, traçando um panorama da cultura alternativa e da vida marginalizada.

“Yayoi Kusama”Fondation Beyeler, Riehen, Suíça (12.10–25.01.2026)
Instalações imersivas de Kusama, incluindo salas de espelhos e seus famosos pontos infinitos, ocupam a Fundação Beyeler. A mostra também examina como sua obra reflete suas experiências pessoais e uma visão única de infinito.

The Stars We Do Not See” – National Gallery of Art, Washington, D.C. (18.10–01.03.2026)
A exposição discute a relação entre espaço e invisibilidade por meio de obras de artistas contemporâneos. Com instalações que combinam luz, escuridão e elementos cósmicos, a mostra convida os visitantes a refletir sobre o que está além da percepção direta.

“Ruth Asawa: A Retrospective”MoMA, Nova York (19.10–07.02.2026)
Uma homenagem à escultora americana Ruth Asawa, famosa por suas obras tridimensionais tecidas à mão. A exposição apresenta como suas criações criam um equilíbrio entre espaço, luz e materialidade.

“Warhol, Pollock and Other American Spaces”Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madri (21.10–25.01.2026)
Uma análise da transformação da arte contemporânea americana através das lentes de mestres como Andy Warhol e Jackson Pollock. A mostra traz os conceitos de espaço e cultura na consolidação de uma identidade artística nacional.

“The Scharf Collection: Goya – Monet – Degas – Bonnard – Grosse”Alte Nationalgalerie, Berlim (24.10–01.03.2026)
Uma reunião extraordinária de obras-primas que atravessam séculos e estilos. A mostra revela como artistas de diferentes épocas se conectam em temas universais, como luz, movimento e emoção.

“Leonora Carrington”Palazzo Reale, Milão (Outubro.2025–Fevereiro.2026)
O universo onírico e surreal de Leonora Carrington ganha vida nesta retrospectiva que investiga seu misticismo e a fusão de fantasia e narrativas sociais em suas obras.

Norham Castle, Sunrise c.1845 Joseph Mallord William Turner 1775-1851 Accepted by the nation as part of the Turner Bequest 1856 http://www.tate.org.uk/art/work/N01981

Novembro

“Turner and Constable”Tate Britain, Londres (27.11–12.04.2026)
Dois gigantes da pintura britânica se encontram em uma exposição que explora sua rivalidade e inovação. A mostra destaca como suas técnicas revolucionaram a representação da paisagem, influenciando gerações futuras.

Dezembro

“Light and Magic: The Birth of Art Photography”Tate Modern, Londres (04.12–25.05.2026)
Uma homenagem aos pioneiros da fotografia artística, percorrendo como a fotografia evoluiu de uma técnica documental para uma forma legítima de arte, capaz de capturar tanto a realidade quanto a imaginação.

“Ideas of Africa: Portraiture and Political Imagination”MoMA, Nova York (14.12–04.04.2026)
Uma análise do retrato africano e suas múltiplas dimensões políticas, culturais e históricas. A exposição busca expandir o entendimento global sobre a diversidade e a riqueza artística do continente africano.

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