A próxima Bienal de São Paulo, intitulada Faz escuro mais eu canto, já havia anunciado que irá acontecer em rede, fazendo parcerias com várias instituições da cidade, anunciando alguns nomes que estarão na exposição principal e também em mostras individuais em outros espaços de São Paulo e região. Em fevereiro deste ano abriu as portas do pavilhão no Ibiraquera com a performance de Neo Muyanga e uma pequena individual de Ximena Garrido-Lecca revelando, ainda, mais alguns nomes que teriam individuais antes de setembro, mas por conta do Covid-19 seus trabalhos serão incorporados na exposição principal que deve abrir em outubro (esta data ainda pode mudar por causa da pandemia): Clara Ianni e Lawson, León Ferrari e Hélio Oiticica.
Nesta manhã, mais alguns nomes são anunciados aumentando ainda mais a expectativa para a 34ª Bienal de São Paulo: Carmela Gross, Daniel de Paula e Gustavo Caboco. Gross realiza trabalhos em grande escala que se inserem no espaço urbano e assinalam um olhar crítico sobre a arquitetura e a história, enfatizando a relação dialética entre a obra e o espaço e entre a obra e o público. Daniel de Paula também passeia pelos campos da arquitetura e história, propondo também reflexões sobre dinâmicas de poder, analisando e revelando estruturas sociais, políticas e econômicas que moldam lugares e relações.
Gustavo Caboco representa os povos Wapichana (grupo indígena que habita no estado brasileiro de Roraima) e produz obras como parte de seu esforço em tramar redes que o conectem com suas raízes e, ao mesmo tempo, produzam chamamentos que repercutem as vozes dos povos indígenas e dos entes a quem eles sabem dedicar escuta, como as plantas, as pedras e os rios. Além deles, Neo Muyanga, Noa Eshkol e Eleonora Fabião participam do livro que já está disponível para download no site da exposição. A lista completa de participantes desta edição, que terá cerca de 90 artistas, deve ser divulgada entre maio e junho.
Em tempo: Ao acessar o novo site 34.bienal.org.br o internauta pode conferir detalhes das exposições (tanto da mostra coletiva quanto das individuais), conhecer mais profundamente os artistas já anunciados e baixar materiais educativos e publicações relacionadas, além de visualizar vídeos e ouvir áudios produzidos pela Fundação Bienal para esta edição. Além disso, você irá encontrar e imagens de obras dos artistas convidados e trocas de cartas entre os curadores. A plataforma é viva e será alimentada com materiais dos próximos artistas anunciados, incluindo textos inéditos produzidos pelos próprios.