Bienal do Mercosul anuncia conceito, artistas e novos espaços para edição de 2025

Dos 76 artistas mais da metade é internacional e exibirá obras comissionadas especialmente para esta edição

por Giovana Nacca
6 minuto(s)
Presidente Carmen Ferrao com a equipe curatorial da 14ª Bienal do Mercosul. Foto: Thiele Elissa

Após o adiamento devido às tragédias climáticas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, a 14ª Bienal do Mercosul está confirmada para dia 27 de março de 2025, o evento se estenderá até 01º de junho, por 18 espaços culturais de Porto Alegre – alguns deles inéditos na programação, como o Museu do Hip Hop e a Cinemateca Capitólio. Segundo Carmen Ferrão, presidente da 14ª Bienal do Mercosul, a expectativa é de 1 milhão de visitantes na mostra.

A curadoria, liderada por Raphael Fonseca, ao lado de Tiago Sant’Ana, Yina Jimenez Suriel e Fernanda Medeiros, escolheu o conceito de “Estalo” para guiar a exposição. A proposta reflete sobre a transformação e a rapidez com que mudanças podem ocorrer – seja na natureza, em nossos corpos ou no tecido social. Para isso, a Bienal apresentará um total de 76 artistas, sendo 65% internacionais e grande parte pouco conhecido pelo grande público. Mais da metade da lista apresentarão obras comissionadas especialmente para esta edição. Dentre os brasileiros, vemos nomes de destaque em exposições atuais, como Marina Rheingantz, Randolpho Lamonier e Afonso Pimenta, além do resgate póstumo de Heitor dos Prazeres e Rochelle Costi. A seleção também apresenta uma parcela significativa de artistas asiáticos, como os sul-coreanos Nam June Paik e Yunchul Kim, os chineses Li Yong Xiang e Tang Han, e a indonésia Natasha Tontey.

Randolpho Lamonier, “Diários em combustão”, 2013

Os Programas Públicos são assinados por Anna Mattos e Marina Feldens. O objetivo é manter Porto Alegre em um constante “estado de bienal”, com atividades que vão de palestras e oficinas a festas e saídas de campo. Além disso, duas publicações acompanharão a Bienal. A primeira, a ser lançada na abertura, abordará sobre a percepção humana, com textos de autores como o físico Iordanis Kerenidis e o escritor José Falero. Já o catálogo, lançado ao final do evento, registrará a memória do projeto expositivo e dos debates promovidos. Ambas as publicações serão gratuitas e estarão disponíveis também em formato digital.  

Bonikta, “Kurumins do rio”, 2021

Espaços onde acontecerá a 14ª Bienal do Mercosul:

Cinemateca Capitólio

Casa de Cultura Mário Quintana

Espaço Força e Luz

Estação Cidadania Lomba do Pinheiro

Estação Cidadania Restinga

Farol Santander

Fundação Ecarta

Fundação Iberê Camargo

Fundação Vera Chaves Barcellos

Goethe-Institut Porto Alegre

Instituto Ling

Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MAC-RS

Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS

Museu do Hip Hop

Museu do Trabalho

Pop Center

Usina do Gasômetro

Vila Flores

Gabriel Chaile, “Meia-Noite”, 2022. Vista da obra na 59ª Bienal de Veneza

Artistas selecionados: 
(todos os artistas com asteriscos apresentarão trabalhos comissionados)

Ad Minoliti (Argentina, 1980)*

Alanis Obomsawin (Abenaki/Canadá, 1932)

Ali Eyal (Iraque, 1994)*

Amol K. Patil (Índia, 1987)*

Awilda Sterling-Duprey (Porto Rico, 1947)*

Berenice Olmedo (México, 1987)*

biarritzzz (Brasil, 1994)*

Bonikta (Brasil, 1996)*

Chico Machado (Brasil, 1964)*

Christine Sun Kim (Estados Unidos, 1980)*

Claudia Alarcón (Wichi/Argentina, 1989)*

Claudio Goulart (Brasil, 1954-2005)

Cornelius Cardew (Inglaterra, 1936-1981)

Damián Ayma Zepita (Aymara/Bolívia, 1921-1999)

Darks Miranda (Brasil, 1985)*

Diedrick Brackens (Estados Unidos, 1989)

Djalma do Alegrete (Brasil, 1931-1994)

Eduardo Montelli (Brasil, 1989)*

Emilija Škarnulytė (Lituânia, 1987)

Erick Peres (Brasil, 1994)*

Farah Al Qasimi (Emirados Árabes Unidos, 1991)

Fátima Rodrigo (Peru, 1987)*

Felipe Rezende (Brasil, 1994)*

Felipe Veeck (Brasil, 1996)*

Firas Shehadeh (Palestina, 1988)*

Freddy Mamani (Aymara/Bolívia, 1971)*

Froiid (Brasil, 1986)*

Fyerool Darma (Singapura, 1987)*

Heitor dos Prazeres (Brasil, 1898-1966)

Gabriel Chaile (Argentina, 1985)*

Gretchen Bender (Estados Unidos, 1951-2004)

Iberê Camargo (Brasil, 1914-1994)

Ismael Monticelli (Brasil, 1987)*

Jacolby Satterwhite (Estados Unidos, 1986)

José Ballivián (Bolívia, 1975)*

Julia Isídrez (Paraguai, 1967)*

Kira Xonorika (Guarani/Paraguai, 1995)*

Laryssa Machada (Brasil, 1993)

Letícia Lopes (Brasil, 1988)*

Li Yi-Fan (Taiwan, 1989)

Li Yong Xiang (China, 1991)*

Lorenzo Beust (Brasil, 1997)*

Marcus Deusdedit (Brasil, 1997)*

Marina Rheingantz (Brasil, 1983)

Mauro Fuke (Brasil, 1961)*

Maya Weishof (Brasil, 1993)*

Minia Biabiany (Guadalupe, 1988)*

Nam June Paik (Coréia do Sul, 1932-2006)

Natasha Tontey (Indonésia, 1989)

Nereyda López (Cocama/Tikuna/Peru, 1965)

New Red Order (Ojibway e Tlingit/Estados Unidos, 2016)

Nicole L’Huillier (Chile, 1988)*

Nikita Gale (Estados Unidos, 1983)

Ogwa (Ishir/Paraguai, 1937-2008)

Özgür Kar (Turquia, 1992)

Paul Mpagi Sepuya (Estados Unidos, 1982)

Randolpho Lamonier (Brasil, 1988)*

Retratistas do Morro/Afonso Pimenta (Brasil, 1954)*

Rochelle Costi (Brasil, 1961-2022)

Rodrigo Cass (Brasil, 1983)*

Samson Young (Hong Kong, 1979)

Sandra Vásquez de La Horra (Chile, 1967)*

Santiago Yahuarcani (Cocama/Uitoto/Peru, 1960)

Sara Modiano (Colômbia, 1951-2010)

Taiki Sakpisit (Tailândia, 1975)

Tang Han (China, 1989)*

Tirzo Martha (Curaçao, 1965)*

Ulises Beisso (Uruguai, 1958-1996)

Urmeer (México, 1991)*

Valerie Brathwaite (Trinidad & Tobago, 1940)*

Venuca Evanán (Peru, 1987)*

Vitória Cribb (Brasil, 1996)*

William Gutiérrez Peñaloza (Colômbia, 1959)*

Wiki Pirela (Venezuela, 1992)*

Yunchul Kim (Coréia do Sul, 1970)

Zé Carlos Garcia (Brasil, 1973)*

Marina Rheingantz, “Fugaz”, 2021. Foto: Eduardo Ortega

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