Programada inicialmente para abrir no dia 13 de Junho deste ano, a 11ª Bienal de Berlim, curada por María Berríos, Renata Cervetto, Lisette Lagnado e Agustín Pérez Rubio, foi adiada por causa do isolamento necessário para o combate do COVID-19. Diferente da Bienal de São Paulo que precisou cancelar o evento este ano, a mostra alemã acontecerá ainda em 2020, entre os dias 5 de setembro a 1 de novembro. Esta semana o time curatorial revelou os nomes dos artistas participantes com uma interessante seleção de artistas latino-americanos e brasileiros.
Os trabalhos de Mariela Scafati, Sheroanawe Hakihiiwe e Bartolina Xixa deverão representar a Argentina na mostra, enquanto artistas como Cecília Vicuña, Paula Baeza Pailamilla, Francisco Copello, Colectivo de Serigrafía Instantánea e Óscar Morales Martínez irão garantir uma presença chilena em peso em Berlim. Carlos Motta é o único colombiano e, enquanto Sandra Gamarra e Andrés Pereira Paz compõem o time peruano, Edgar Calel e Antonio Pichillá traduzem a cultura guatemalteca. Do Brasil, uma lista de muitos jovens artistas mesclados a nomes consagrados: trabalhos de Aline Baiana, Castiel Vitorino Brasileiro, Flávio de Carvalho, Pedro Moraleida Bernardes; Marcelo Moreschi, Virginia Borges, Gil DuOdé, Virginia de Medeiros e Léo Corrêa estarão ao lado de obras vindas de duas respeitadas instituições psiquiátricas do país: o Museu de Imagens do Inconsciente e o Museu de Arte Osório Cesar. Há, ainda, uma curiosa presença de cias de teatro, como o Mapa Teatro – Laboratório de Artistas e o Teatro Vertigem. Vale notar também uma animadora representatividade de artistas indígenas e LGBTQIA+.
Dividida em quatro locações (ExRotaprint, daadgalerie, Gropius Bau e o KW Institute for Contemporary Art), a exposição irá explorar “modos de articular solidariedade, vulnerabilidade e resistência; as contribuições aumentam para materializar a complicada beleza da vida em meio aos tempos turbulentos em que vivemos”, segundo um comunicado oficial para a imprensa.
Veja abaixo a lista completa de artistas:
Shuvinai Ashoona, Marwa Arsanios, Noor Abuarafeh, Pacita Abad, Deanna Bowen, Virginia Borges, Gil DuOdé, Virginia de Medeiros, Aline Baiana, Paula Baeza Pailamilla, Felix Brüggemann, Francisco Copello, Colectivo de Serigrafía Instantánea, Sara Sejin Chang (Sara van der Heide), Edgar Calel (em colaboração com Fernando Pereira dos Santos), Cansu Çakar, Léo Corrêa, Flávio de Carvalho (em colaboração com Raymond Frajmund), Zehra Doğan, Cian Dayrit, Kiri Dalena, Die Remise, El Palomar, FCNN – Feminist Collective With No Name (Dina El Kaisy Friemuth/Anita Beikpour) com Neda Sanai, Brenda V. Fajardo, Feminist Health Care Research Group (Inga Zimprich/Julia Bonn), Andrés Fernández, Pélagie Gbaguidi, Sandra Gamarra Heshiki, Galli, Grupo Experimental de Cine, Eiko Grimberg, Mauricio Gatti, Till Gathmann, Francisco Huichaqueo, Emma Howes e Justin Kennedy em colaboração com Balz Isler, Sheroanawe Hakihiiwe, Käthe Kollwitz, Âlut Kangermio, Delaine Le Bas, La rara troupe, Museu de Imagens do Inconsciente, Museu de Arte Osório Cesar, Museo de la Solidaridad Salvador Allende (MSSA), Carlos Motta, Óscar Morales Martínez, Pedro Moraleida Bernardes, Małgorzata Mirga-Tas, Dana Michel e Tracy Maurice, Meyer-Grohbrügge, Christine Meisner, Dorine Mokha, Marcelo Moreschi, Mapa Teatro – Laboratorio de Artistas, Antonio Pichillá, Andrés Pereira Paz, Florencia Rodriguez Giles, Naomi Rincón Gallardo, Mirja Reuter and Florian Gass, Solvognen (The Sun Chariot) Theater Group, Mariela Scafati, Aykan Safoğlu, Elena Tejada-Herrera, The Black Mamba – Natasha Mendonca & Suman Sridhar, Teatro da Vertigem, Young-jun Tak, Teo, Castiel Vitorino Brasileiro, Azucena Vieites, Sinthujan Varatharajah, Cecilia Vicuña, Bartolina Xixa, Osías Yanov e Sirenes Errantes, Katarina Zdjelar.