10 obras que marcam a edição da Fiac 2021

Até o dia 24 de outubro, a Fiac acontece na capital francesa e reúne mais de 170 galerias em sua versão presencial, além de mais 43 em seu espaço digital com viewing rooms

por Jamyle Rkain
6 minuto(s)

De 21 a 24 de outubro, em sua 47ª edição, a FIAC reúne mais de 170 galerias de 25 países no Grand Palais Ephémère e na Galerie Eiffel, que foi especificamente instalada para FIAC como uma extensão da estrutura do Champ-de-Mars. A seleção inclui arte moderna, arte contemporânea e galerias de design, com representantes de várias partes do mundo.

A feira física, que volta nesta edição, é enriquecida viewing rooms, onde além dos expositores apresentados no espaço presencial estão mais 43 galerias que apresentam projetos exclusivamente online. As galerias Jaqueline Martins e Mendes Wood DM representam o Brasil na feira mais importante da França.

Tracey Emin, Its a crime to live with the person you don’t love, 2021

Tracey Emin, Its a crime to live with the person you don’t love, 2021

Sucesso nas redes sociais quando a hashtag com o nome da artista é procurada na lupa, esta obra de Tracey Emin está na Fiac no estande da White Cube! Emin é também tema de uma exposição importante que tem laços com a área de pesquisa no Museu Munch, em Oslo. A mostra apresenta seus trabalhos em pintura, escultura e neon da última década ao lado de 16 trabalhos de Edvard Munch selecionados pessoalmente por ela, que continua até 2 de janeiro de 2022.

Lynda Benglis, Zero Cobra, 2020

Lynda Benglis, Zero Cobra, 2020

Tendo a escultura como foco principal, Benglis cria obras puras e abstratas que são tipicamente inspiradas em formas naturais e orgânicas, como esta apresentada no estande da galeria Xavier Hufkens. Ela busca juntar uma espécie de sedução visual com formas incomuns, borrando os limites entre a pintura e a escultura e seus respectivos modos de apresentação. Na década de 1960, a artista começou explorando essas questões ao jogar látex líquido de cores vivas no chão para criar grandes obras “derramadas” que expandiram o discurso dominante em torno do minimalismo e do legado do expressionismo abstrato.

Maaike Schoorel, Panda Selfie, 2021

A galeria Mendes Wood DM apresenta na Fiac uma seleção de obras que tem apoio do Mondriaan Fonds, um fundo público para artes visuais e patrimônio cultural. Aqui, a obra do artista holandês Maaike Schoorel, que traz como tema de seus trabalhos experiências familiares e encontros diários. Schoorel usa o imediatismo da fotografia para reunir material de origem para suas pinturas que, por sua vez, estão enraizadas nos gêneros histórico-artísticos de paisagem, retrato e natureza morta.


Alexander Calder, Flying Dragon, 1975

Instalada na Place Vendôme pela galeria Gagosian, o dragão voador de Alexander Calder já passou por muitos lugares! Além de celebrar a volta da Fiac em formato presencial, como parte da FIAC Hors les Murs, a instalação da obra marca também a abertura da nova sede da Gagosian em Paris na 9 rue de Castiglione. Ela é uma das últimas obras em grande escala de Calder produziu. E, apesar de ser estática, se transforma e ganha movimento de acordo com o ângulo pelo qual ela é observada pelo espectador.

Tyna Adebowale, #Jermain, 2020

Tyna Adebowale, #Jermain, 2020. Courtesy the artist and Ellen de Bruijne Projects. FOTO: Jeroen de Smalen

Tendo ela mesma passado por um processo de emigração, Adebowale apresenta duas obras junto à Ellen de Bruijne Projects. A artista está interessada na compreensão do lar e da comunidade. Um corpo exilado é um lar em movimento; um corpo exilado estranho é um corpo particularmente sitiado. Nos obstáculos nômades que o deslocamento acarreta, o desejo de se ancorar socialmente implica na necessidade de comunidade. Tyna nasceu na Nigéria e hoje mora agora em Amsterdã, trabalhando com sua rede de amigos e familiares de gênero e fluido sexual, resultando em um corpo íntimo de trabalho. Nesta obra, Jermain é retratado em duas versões diferentes, homem e mulher, segurando um jornal referindo-se à sua profissão de jornalista.

Jean-Michel Basquiat , Pink Elephant with Fire, 1984

Jean-Michel Basquiat , Pink Elephant with Fire, 1984

Esta obra de Basquiat, levada para a feira pela galeria Van de Weghe, traz a energia característica de Jean-Michel Basquiat, extravagante e grandiosa. O expressionismo abstrato ganha alguns traços pontuais do figurativo. Ela acaba por abordar uma série de temas que cercaram o artista durante sua trajetória, expondo a visão do artista sobre deslocamento e dualidade. Aqui, a pintura acaba justapondo um fundo essencialmente abstrato com signos figurativos vagamente representados.

Obras de Ana Mazzei na Jaqueline Martins

Para a Fiac Paris 2021, foi preparada uma seleção especial pela Galeria Jaqueline Martins das obras da artista brasileira Ana Mazzei. No estande, está sendo exibida uma nova seleção de esculturas para parede e piso. Além de comporem exercícios formais, esses objetos evocam histórias e estruturas arquetípicas ocultas e impenetráveis – são como peças e fragmentos de mitos, vidas, arquiteturas e paisagens que constroem, em si mesmas, uma ficção que as conecta. 

Lucio Fontana, Concetto Spaziale, Attese, 1961

Lucio Fontana, Concetto Spaziale, Attese, 1961

O artista argentino Lucio Fontana defendeu bastante a arte abstrata e é considerado uma força poderosa nos movimentos do século XX. Ele dominou o conceito de Spazialismo (Espacialismo), que introduziu em seu manifesto de 1946. Em 1949, o artista introduziu sua técnica de tela perfurada com buracos, que foi seguida por técnicas de corte, que você pode ver em Concetto Spaziale, Attese de 1961, que tem um exemplar apresentado na Van de Weghe.

Etel Adnan, Staring at the Sun, 2021

Etel Adnan, Staring at the Sun, 2021

Apresentada na galeria Lelong & Co, a artista libanesa Etel Adnan tem uma carreira de mais de seis décadas e abrange uma ampla gama de mídia, incluindo pintura, desenho, tapeçaria, filme, cerâmica e livros de artista! Ela foi a primeiro autora de poesia e prosa, muitas vezes discursando e protestando contra a turbulência da Guerra do Vietnã e da Guerra Civil Libanesa. A paisagem, sua própria história e sua resposta emocional e física a ela informavam sua escrita e, posteriormente, também sua obra de arte. Para a artista, a paisagem se confunde com a memória, especialmente um sentimento de deslocamento, pois ela nasceu e foi criada no Líbano, mas viveu, estudou e trabalhou na França e na Califórnia ao longo de sua vida.

Michel Blazy, Tapis d’accueil, 2021

Michel Blazy, Tapis d’accueil, 2021

Desde os seus estudos na Villa Arson nos anos 90, Blazy tem trabalhado com materiais orgânicos e tem interesse em explorar a beleza da decadência e as possibilidades poéticas da passagem do tempo, à medida que esses materiais se deterioram ao longo de uma exposição.

O repertório do artista, que tem obras apresentadas na galeria Art Concept, até agora inclui uma grande forma semelhante a um cogumelo feita inteiramente de macarrão de soja; esculturas construídas com metades espremidas de laranja; pinturas de purê de batata e purê de beterraba; pinturas de pizza e esculturas de massa e uma gruta escultural na qual feijões-mungo brotaram e cresceram durante o período de exibição.

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