10 obras para ver na Frieze Masters 2020 Online

Veja a nossa seleção para a feira que acontece de 9 a 16 de outubro, com trabalhos de Klee, Hesse e outros nomes anteriores aos anos 2000 que são inspiradores para as práticas atuais

por Jamyle Rkain
5 minuto(s)

Abrindo nesta sexta-feira, 9 de outubro, e se estendendo durante uma semana inteira, até o dia 16, a Frieze Viewing Room chega com tudo abarcando as edições 2020 da Frieze London e da Frieze Masters, que deveriam ter acontecido presencialmente, mas foram canceladas e transformadas em feiras virtuais, com direito a uma plataforma especial e cheia de interatividade para o público.

Enquanto esquentamos os tambores para a inauguração da feira, que terá um preview nesta quinta (8), fizemos aqui uma lista de 10 obras imperdíveis que você precisa ver na Frieze Masters, indo das galerias brasileiras Millan e Almeida & Dale até a italiana Cardi! Dos emblemas incríveis de Rubem Valentim aos truques visuais de Mimmo Rotella e do super conceituado Paul Klee

Junto da Frieze London, a Frieze Masters se junta para explicitar os vínculos existentes na conversa entre obras de arte feitas antes de 2000 e a prática artística do agora.

Paul Klee, Masken Im Zwielicht (Masks at twilight), 1938
Na David Zwirner

A galeria David Zwirner aparece com uma apresentação dos últimos trabalhos do mestre da Bauhaus, Paul Klee, em sua viewing room na Frieze Masters. Os trabalhos mostrados no estande virtual destacam a habilidade do artista como colorista. Variando em assunto e estilo, todas as obras testemunham o desejo de Klee de experimentar formas e materiais, resultando em superfícies táteis, originais e visualmente impressionantes.

Artur Barrio, 6 Movimentos, 1974.
Na Galeria Millan.

Artur Barrio, 6 Movimentos, 1974.

Mimmo Rotella, Arabesque.
Na Cardi Gallery

Senga Nengudi, Rapunzel, 1981.
Na Lévy Gorvy.

Rapunzel (1981) exemplifica a prática performática de Senga Nengudi, destacando seu uso de materiais encontrados e movimento de improvisação. Nengudi encenou uma ação performática da janela de um prédio abandonado da escola Gothic Revival em Los Angeles que estava sendo demolido. Adornando-se com um cocar feito de seu material de náilon de assinatura, ela se inclinou para fora de uma janela, sua criação escultural operou como uma extensão de seu corpo e substituto para ele. Fotografado por Barbara McCollough, Rapunzel exemplifica o hibridez simbolicamente ressonante do trabalho de Nengudi, e é identificado por Elissa Auther como uma demonstração fundamental da “encenação de uma ação ou performance em um local imaginativamente rico” do artista.

Magali Lara, Lado derecho / lado izquierdo, 1979
Na waldengallery

Eva Hesse, No title, 1960
Na Hauser & Wirth

Feito por Eva Hesse quando a prodígio tinha apenas 24 anos, “Sem título” (c. 1960) é uma pintura que seduz à medida que assombra e constrói à medida que se desfaz. Faz parte de um grupo de pinturas que Hesse fez na época, obras agudamente apelidadas de “Espectros” por Luanne McKinnon. Hesse acabara de se formar na Escola de Arte de Yale sob a tutela de Josef Albers e Rico Lebrun: um ex-diretor da Bauhaus, o outro um pintor com formação clássica.

William N. Copley, Homage à Man Ray, 1950
Na Kasmin

O estande da Kasmin na Frieze Masters celebra toda uma influência do artista, negociante e patrono William N. Copley (1919–1996), Copley’s Circle reúne obras de artistas que foram colaboradores, confidentes, incluídos em exposições organizadas por Copley, coletadas por Copley ou defendidas por ele através de textos críticos e subsídios. Entre eles estão Richard Artschwager, Judith Bernstein, Joseph Cornell, Marcel Duchamp, Max Ernst, Leonor Fini, Richard Hamilton, Ray Johnson, Les Lalanne, Roy Lichtenstein, Man Ray, Jim Nutt, Ed Ruscha, Peter Saul, Dorothea Tanning, Andy Warhol, e HC Westermann.

Richard Hamilton, My Marilyn, 1965
Na Cristea Roberts

A galeria Cristea Roberts leva obra célebre de Richard Hamilton. A impressão que tem origem em fotos de Marilyn Monroe que o artista viu na revista Town, em novembro de 1962, não muito depois da morte da atriz naquele mesmo ano. As fotos tiradas por George Barris cobriam uma página dupla. Ele intitulou a obra “My Marilyn”.

Rubem Valentim, Pintura 15 – Roma, 1965
Na Almeida e Dale

 On Kawara, I GOT UP, 1968-79
Na Larkin Erdmann

A Larkin Erdmann apresenta uma retrospectiva da série de cartões postais I GOT UP do artista conceitual japonês On Kawara. Em I GOT UP, de 1968-79 Kawara enviou dois cartões postais por dia para destinatários diferentes, cada um com uma fotografia da cidade de onde foi enviado, bem como ‘I GOT UP AT’ e a hora carimbada ao lado do endereço do destinatário. Kawara enviou cartões postais para várias pessoas; celebridades e outros artistas, bem como pessoas a quem foi apresentado e aqueles que encontrou por acaso.

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