Esta lista é composta por artistas que já estiveram em pauta no ARTEQUEACONTECE em outras ocasiões e outros que são apresentados aqui pela primeira vez para que nosso público conheça suas produções. Ela foi feita com a finalidade de dar visibilidade e amplificar as vozes de artistas negros, afrobrasileiros, que produzem trabalhos que discutem assuntos que permeiam a vida do corpo negro na sociedade brasileira.
A violência causada pelo racismo estrutural e institucional, a ancestralidade, a religiosidade e a identidade são apenas algumas das questões levantadas por eles, e que merecem toda a nossa atenção para refletirmos sobre o racismo em nossa socialização e lutarmos contra ele.
Vidas Negras Importam.
Aline Motta
Artista nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, Aline Motta foi uma das vencedoras da última edição do Prêmio Marcantônio Vilaça. Sua produção artística é guiada por temas que se referem à sua própria biografia, traçando investigações sobre seus ancestrais que foram escravizados no Brasil Colônia, em formatos como a fotografia e a videoarte.
Eustáquio Neves
Considerado um dos principais fotógrafos brasileiros, o mineiro Eustáquio Neves busca retratar em suas obras um Brasil que reflete imagens históricas da população negra, pensando na Diáspora Africana. Suas séries fotográficas traçam os caminhos pelos quais foram criados os padrões da sociedade, expondo a estruturas do racismo.
Rosana Paulino
Doutora em Artes Visuais pela USP, Rosana Paulino é uma artista paulistana que trabalha com assuntos ligados ao gênero, a questões sociais e étnicas. A mulher negra na sociedade brasileira é um fio condutor muito importante para sua pesquisa e suas criações, refletindo também sobre a violência sofrida pela população negra em geral no país, apontando o problema do racismo estrutural.
Paulo Nazareth
O artista Paulo Nazareth nasceu em Governador Valadares, Minas Gerais, e tem o corpo como seu principal objeto de pesquisa, trabalhando com uma diversidade de mídias. As temáticas que abarca em suas criações estão ligadas ao racismo, à decolonialidade e à violência, dentre outras questões que erguem uma voz combativa de resistência.
Helô Sanvoy
As criações do artista Helô Sanvoy caminham por diversos formatos: desenho, performance, instalações, pintura, vídeo e fotografia. Sua pesquisa gira em torno dos ruídos na comunicação, da denúncia contra o racismo e a violência na sociedade. Para ele, a arte é um veículo de conscientização, que culmina em um processo de tomada de consciência
Jota Mombaça
Jota Mombaça é uma artista nascida em Natal que aborda em seu trabalho questões em torno da decolonização e do racismo, trazendo isso à tona por meio de discussões interseccionadas também à classe e ao gênero. A diáspora africana e a violência estrutural da sociedade também são temas recorrentes em suas obras, que também estão muito ligadas à corporalidade.
Arjan Martins
O trabalho do artista carioca Arjan Martins dá destaque à Diáspora Africana e migrações afro-atlânticas do período colonial no Brasil. Desta forma, a cartografia e os formatos navegatórios são alguns elementos muito presentes em suas pinturas. Seu repertório também inclui abordagens contemporâneas de como a formação do país moldou o racismo na nossa sociedade.
Nadia Taquary
Baiana, Nadia Taquary é reconhecida por suas esculturas, objetos, instalações e videoinstalações que expõem temas acerca da afrobrasilidade e da religiosidade que se encontram com a tradição histórica de seu estado de origem. A liberdade religiosa, a identidade e a ancestralidade são pontos-chave para compreender a produção da artista.
Antonio Obá
Nascido em Ceilândia, no Distrito Federal, Obá é um artista que reflete sobre o corpo negro e as questões de sincretismo religioso e de preconceito. Seu trabalho aborda o racismo estrutural na sociedade brasileira, apresentando isso com referências às tradições do passado e também ao mundo contemporâneo.
Panmela Castro
A carioca Panmela Castro é mestre em práticas da arte contemporânea pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua produção passa por várias técnicas e formatos, mas é pelo grafitti que ela é mais conhecida. Seus trabalhos levantam discussões acerca da violência policial, do racismo, do direito das mulheres, dentre outras.